terça-feira, 2 de junho de 2009

Cine Cooperifa


Cine Cooperifa - (Documentário Corporation)

Ontem fez frio, muito frio.
Agora imagina enfrentar este frio em cima de uma laje sob a luz da lua e o refrescar dos ventos uivando contra a face a face.
Pois bem, ainda sim, eu estava lá.
La na laje, Cine Cooperifa, eu e mais um tanto de gente, com olhos lagrimejados não pela cena vista, mas pela invasão do vento na retina.
Por fim, que loco foi o documentário "Corporation".
Putzzz...
Fiquei pensando:
Será que somos consumidores ou somos consumidos?
Será que somos engajados ou somos produtos testados?

É tão loco, que chega a ser vergonhoso, sim, digo isso porque fazemos parte dessa corporação, direta ou indiretamente. E ainda sim, batemos no peito, escolhemos um alvo e descarregamos o verbo contra este, depois criamos um novo alvo e assim por diante. Estamos no meio de um jogo e estamos jogando errado, jogando o jogo errado.
Isso não é Pin Pong, as coisa não ficam pulando, sendo rebatidas de um lado para o outro, as coisa estão concentradas de um lado só da mesa. E não é o nosso.

Agimos de forma arrogante, acreditando que assim estamos fazendo nossa parte, mas na verdade estamos fazendo é o "eles" querem, eles quem? o Sistema meu filho, esse é o dono do jogo.

Foi tanto conteúdo que me deu uma overdose na consciência.
Como fazer para popularizar tudo isso, como fazer para despertar uma sociedade que dorme sonhando em ser feliz na Disney e toma Coca Cola quando acorda no café da manhã do MC Donawld´s.
Claro que o Mc Donawld "ama muito tudo isso" e o pior é ver sua esmola sendo tratada como caridade. Isso é pelo social ou para aliviar o sentimento de CULPA. Hum?

Estamos sendo usados e não estamos usando nada contra isso.
“Somos todos culpados da merda que vivemos hoje”.
Isso já é um começo, já é alguma coisa, mas seja sincero consigo mesmo. Daí em diante é buscar mudar seus hábitos e se adaptar melhor ao mundo globalizado de forma que ele não afete seu valor e não corrompa sua essência. “Endurecer sim, perder a ternura jamais”.
Vivemos em um mundo capitalista, mas não precisamos nos render a isso. Não precisamos ser consumistas em moda, em excesso, e vaidade banal. O necessário basta.

A tentativa de ser feliz sempre vai esbarrar em sua ética e sua essência, então não tente ser feliz. Seja.
Pois tentar ir tentando, sempre cairemos em tentações.
ops, cairemos em corporações.

por Crônica Mendes

Nenhum comentário: