quinta-feira, 4 de junho de 2009

A Montanha mágica



A Montanha mágica

O tempo que mata é o mesmo que aperfeiçoa,
Mas estamos todos morrendo, e isso não é nada perfeito.
Não é isso que você dizia alguns dias atrás
E agora onde está você?

Tudo era confortável e seu bem estar você trocou por drogas,
E sua vida agora é uma droga absurda, insuportável que te queima.
Você tem o relógio como inimigo e a si mesmo como carrasco.
E só te sobre uma dose do mal que te consome.

Você pensa em si matar, mas o tempo não deixa.
Você pensa em chorar, mas está seco.
Então tens agulhas e latas como melhores amigos
E os amigos que te apresentaram não estão mais contigo.

Pra onde você vai agora
O que você é não é o que você sonhou quando criança.
Seu corpo, seu sangue, seu pus, é tudo que lhe restou.
A aventura se tornou desventura
O sonho não sonhou com você em tempo nenhum.
Você foi deixado pra traz por causa do seu mal.

Agora pensa em amor, mas lhe falta amor próprio.
Há tempos não ouve eu te amo,
Não ouve nada, está tudo em silêncio agora...
Mas não diz nem mesmo adentro

Acabou?

Não pode ser, ainda não era hora
Os ponteiros estão lentos mas a vida escorre rápido.
Pra muitos é fácil descartar pessoas assim,
Esgotadas, sem rumo...
Uma convulsão tem preenche agora,
Esta sozinho.
Se debate até reencontrar a cor do seu sangue vermelho,
Em água e ferida na cabeça.
Sem debater sobre a vida, debateu-se até o último ar esvaziar seu peito juvenil.
Não está mais sozinho, não está mais.

Muitos agora notam sua ausência,
Muitos que tampouco fazem a diferença.
Longe das calçadas, longe dos pedidos tímidos de ajuda,
Não perturba mais ninguém...
E agora sente sua falta
Boa noite Paulo
Sobre ti, edificarei meu texto em livro.

por Crônica Mendes

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