quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Divisor de águas


Divisor de águas

São Paulo não pode parar,
mas parou.
As artérias se encheram d`água,
O sangue coagulou.
Os carros parados sentindo ao nada.
Não se podia ir a lugar nenhum.
Lá estava eu, e nós.
Num carro, com a sensação de estarmos num bote,
Naufragos ilhados em meio a selva de pedra.
Tentamos avançar, dividindo águas,
mas a máquina quente, esfriou e alagou...

Pensei:
"Preciso aprender logo a nadar"

Sobrou a espera,
uma hora ela se esvai.
Uma hora,
Duas horas,
Três horas...
Quantas volta á mais no ponteiro...
O relógio anuncia,
são 04:30 da madrugada,
estamos na ilha de São Paulo
com raiva de São Pedro.

por Crônica Mendes

2 comentários:

dulixo disse...

Será as lagrimas de Deus que caiem sobre nós... triste por nosso comportamento aqui embaixo?...fica no ar a questão!!

Tamo junto parceiro até debaixo d'agua!!

Tubarão

Maíra disse...

Português catequizou índio que virou mendigo.
Séculos de produção e consumo...será o progresso?
E agora a gente segura o refrão.

Maíra