terça-feira, 30 de novembro de 2010

Rapper é espancado por causa de um pedaço de carne

O rapper Ice Band (Hudson Carlos de Oliveira), presidente da Ong Centro de referência Hip Hop Brasil, militante e ativista da cultura Hip Hop, sobrevivente da guerra urbana, mais um que contrariou as estatisticas,
foi espancado no último domingo, 28, por causa de um pedaço de carne, no Bar Brasil 41 na Av. Brasil, Santa Efigênia, região Leste de Belo Horizonte, ao lado do 1º BATALHÃO DA POLICIA MILITAR mais conhecido como" QUARTEL DO BG". Os agressores, 7 homens (homens não animais)

Ice band foi acusado de comer um pedaço de carne sem autorização durante um churrasco que esses animais promoviam
comemorando o aniversário do jornalista Júlio Cesar de Oliveira Anunciação.

Hudson estava apenas conversando com o garçon que tomava conta da churrasqueira quando o aniversariante se aproximou
sem ao menos perguntar já foi discutindo por achar que ele estava comendo a carne. O dono da festa achou que ele estava pedindo comida ( mais uma vez discriminado pelo geito de se vestir, pela cor, indiretamente chamado de mendigo, como se o mesmo não fosse gente, não fosse ser humano). Ele foi espancado, teve o maxilar e a clavícula quebrados, e ainda foi vítima de preconceito racial, fora os hematomas e escoriações.

Ice Band foi ao batalhão pedir ajudar, os policiais o trataram como agressor, deram nele uma gravta e jogaram na viatura de qualquer jeito, agravando ainda mais a lesão na clavícula. Isso não é conduta de um profissional e sim de mais um animal.
Depois reclama das letras de rap que falam a realidade nua e crua, sem massagem. Ta ai, mais uma prova do porque algumas letras são julgadas tão violentas (Assim diz a sociedade)

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A notícia saiu no jornal local e traz o seguinte texto:

Preconceito
Hudson Carlos de Oliveira está internado no Pronto Socorro do Hospital João XXIII. A Policia aguarda comunicado da gravidade das lesões. Caso sejam consideradas graves os suspeitos da agressão poderão responder por lesão corporal.
Amigos do músico alegam que ele foi vitima de preconceito.

Pelo amor de Deus, só de olhar a foto não precisa de laudo médico, eles ainda tem coragem de falar que estão aguardando um comunicado dos médicos, uma clavícula quebrada, maxilar quebrado, espancado por 7 animais. Estão esperando o que pra fazer justiça? Normal né, mais uma vez a justiça do Homem é falha!
Ice Band, Deus é justo nosso mestre supremo escreve certo por linhas tortas, e todos nos estamos com você o pensamento é positivo a justiça será feita.
Que as luzes da sabedoria iluminem as trevas da ignorância!!!!

Mais uma vez a alta sociedade saindo impune, mas com a força de todos, com a união, esses animais vão pagar!
BUDOG(CENTRO DE REFERÊNCIA HIP HOP BRASIL, NOS PEGA E FAZ PRODUÇÕES)

Obs: Clique na imagem acima e confira a notícia na íntegra.

3Corações

Fotos Nina Fideles
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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A mesma...


A mesma...

Nossa escrita é nossa língua e nossa pátria.
Ninguém tira de nós o sentimento de mudança
Mas para mudar algo, ou alguém
antes temos que mudar a nós também.

Mudou?!
Ou está parado, dentro do copo...
O quieto não mata a sede.
Pois a água que te alimenta a vida,
E a vida que sou contamina a água que você bebe.
Essa é A contradição da vida
E quem disse que a vida é contraditoria
É por que esperou um amor sem sofre por ele.

Ninguém deve esperar um amor,
Se não ele não vem
Deixa a rua pra lá
Mas não tire ela do seu coração.
A rua, nem você, tem dono.
Seja livre,
ai você poderá falar de liberdade.
Não tenha medo do seu erro,
ele te abre melhor os olhos, mas do que os elogios leigos e sem verdade.

Ninguém encontra ninguém,
porque senão, não estaríamos perdidos num mundo.
Encontre-se para depois encontrar alguém.
Cada palavra leva sua tonalidade de realidade e sonho.

... poesia velha.

por Crônica Mendes

sábado, 27 de novembro de 2010

Me matei sem saber


Me matei sem saber

Ninguém sabe quando a poesia vem
Ninguém sabe de onde ela vem.
Estava na rua, dormindo na calçada
Estava debaixo da ponte embriagada
de desgosto o gosto na boca amargava

Ninguém sabe de onde vem
As ruas estão repletas de gente
e de poesia
Mas quem é quem?
par ou ímpar.

Virou a esquina numa veracidade incrível
Caiu em seguida
estava sendo perseguida.
Machucou-me a boca, ferida
Leve, levou dias pra sair daqui.
Levou-me um beijo e me deixou sem saber pra onde ir

Ninguém sabe de onde pode vir a próxima poesia
a próxima vitima
a virar a próxima esquina.
Não se sabe de onde ela se origina
Pode ser africana, pode ser argentina
Um bolero, um batuque
Um samba, uma valsa
Ninguém sabe o peso dela
Nem se ela é amada.

Acreditasse que vem do peito, do coração
Mas minha mente, avante e abrangente
Acredita que ela vem mesmo é de toda lugar
De toda gente
De toda hora, prosa, música
Ela constrói sonhos e narra lutas.
é vida, mas está sendo morta
e de quem é a culpa?

Me matei sem saber,
sem saber quem era ela
e quanto de vida que ainda me resta, restava.
Ela se foi e nem sei por onde
Mas se foi

Ninguém sabe de onde vem a poesia
ninguém sabe de onde vem
Olhe pro céu mas não chore nem diga amem,
Ainda não é o fim do dias
E a poesia vai mais além...

Continua.

por Crônica Mendes

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Poesia que recititei ontem no Sarau da Cooperifa


Entulho

Aqui quando chove
A alegria é pouca
As lágrimas são muitas e se misturam às águas.

Tento me distrair,
Bebo lágrimas
Tomo banho d'chuva

Mais depois tudo se vai.
Vai a casa
As roupas
As brincadeiras ladeira abaixo.

No final
Tudo se junta no pé do morro.
E o que eu chamava de lar doce lar
Agora chamam de entulho.

por @cronicamendes

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Lágrimas nos óculos


Lágrimas nos óculos

Poderia dizer que somos normais,
Mas certamente não teria a menor graça.
Então digo que somos intensos.

Pra valer.
Mas de que valer ser intenso
sem o prazer de conflitar, discordar,
conhecer o alheio.
Muito prazer!
Poderia dizer que estamos errados
mas e daí.
A perfeição é monótona demais pra nós.
Então estamos certos?
E quem ganha com isso?


Permita-me errar,
assim me apresento por inteiro.

por Crônica Mendes

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O santo não existe aqui


O santo não existe aqui

Todo corpo é vitima do tempo
Por aprisionar alma,
Permitindo tormento.
A terra em chamas, manchada de vermelho,
O céu cinza como concreto desbotado
O santo não existe aqui.
A cora purpura perseguida pelo vale da sombra e da morte
O santo não existe aqui.
O que existe são plantações humanas
Onde se colhem corpos sem alma
O santo não existe aqui.

por Crônica Mendes

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A Estrada


A Estrada

O medo nasce de sonhos adormecidos,
E quando os sonhos acordam
Dão medo.
Medo do que está por vir, ou do que um dia foi.
O dia,
Um dia nunca basta, sempre tem outro por vir.
O outro,
Outro que nem sempre lhe fará bem,
O bem,
Mas também quem nunca se sentiu mal com alguém.
Alguém que te fez ser o que não queria,
Ou dizer o que não queria.
E o que você quis,
E agora o que você me diz?
Quem liga pra isso.
O mal,
Talvez um estado de espírito,
Ou um descontrole interno.
Internamente, quem não mente pra si,
Talvez não minta pra mente alguma.
E quando está longe, numa viagem interna,
Um som qualquer pode te trazer de volta a cena
Em cena,
encenando sem ensaio durante a semana, aquela mesma cena.
repentina, corriqueira...
Insatisfeita, melancólica.
A cena que não dá dinheiro vivo a ninguém.
Cena triste, cena mal escrita, inaceitável,
Por quem é da família
Família,
Um encontro de amigos em gerações distintas e conflitantes.
Sempre tem um “não é mais como antigamente”
E antigamente não era mesmo assim.
O medo de não ser atual,
Atualmente atua em tua mente.
E os opostos seguem se distraindo e destruindo, traindo, caindo
Vindo.
E o dispostos segue atraindo, se contraindo, divertindo...
Se permitindo,
Indo...
Eu sigo.

por Crônica Mendes
(inspirado pelo texto Solidão de autoria Sérgio Vaz)

sábado, 13 de novembro de 2010

Mundo louco


Mundo louco

E agora,
O que vamos fazer?
As portas estão trancadas pelo lado dentro
e ficamos de fora.
Mas saiba, você não está sozinho
Você não está sozinho.
Nunca queira isso.
Nunca deixe de acredita no amanhã
Mesmo sem feliz aniversário,
Nem feliz ano novo.
Estamos ficando velhos,
sim, estamos.
Mas não estamos sozinhos.
Quantos não ficaram velhos
Quantos não chegaram até aqui.
Nunca deixe de acreditar no amanhã.
Quando seu rosto estiver molhado, não sinta vergonha
As fontes dágua, seus olhos, não estão secos.
Sua cabeça, ela não deve ficar olhando o chão o tempo todo, se há um mundo maravilhoso para se ver a volta. Gire, de braços abertos, deixe o ar ocupar seus pulmões, inspire, expire
e saiba, você não está sozinho.
Você está com medo,
Também estou.
Você tem insônia
Também tenho.
Mas você está vivo
Também estou
Não estamos sozinhos
Não estamos sozinhos
Volte pra casa
Volte pra casa.

por Crônica Mendes

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Deguste


Deguste

Saliva doce
É o mel do teu beijo picante.
Como teu suor em teu corpo,
pario do meu.
Lambe meus lábios

Busque o doce que o beija flor tanto almeja.
Para sentir arrepios,
Basta olhar em meus olhos e não imagine,

Apenas feche-os e beije-me
como se fosse a ultima vez.

por Crônica Mendes

terça-feira, 9 de novembro de 2010

É tempo de dizer tchau


É tempo de dizer tchau

É tempo de dizer tchau
Não adeus,
Esse tempo já foi.

Os relógios badalam anunciando meio dia,
e pensamos:
Só temos metade disso para sermos intensos
como nunca fomos.
Isso se foi.

A vontade de correr passou andando bem na nossa frente;
E o que fizemos?
Nada,
Nada demais.

É tempo de dizer tchau
Mas agora foda-se
Não diremos mais nada.

por Crônica Mendes

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

GOG com RAÇA

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GOG e sua Rima Contundente.

No mês da negritude brasileira, a revista RAÇA BRASIL está pra lá de especial! Nosso destaque de capa é o rapper GOG, que acaba de lançar seu primeiro livro, A Rima Denuncia, pela Global Editora. Em entrevista exclusiva, o brasiliense dispara todo o seu conteúdo cultural e político, e ainda fala de suas influências literárias, sobre racismo e o atual papel do negro na sociedade brasileira. E algumas de suas letras contundentes como Brasil com P e Fogo no Pavio, são relembradas na matéria do jornalista Alexandre de Maio. Um personagem forte para marcar o dia 20 de novembro. E falando nisso, leitores de várias partes do Brasil expressam suas opiniões sobre o “feriado”. Entre os depoimentos, foi bom perceber que a autoestima, a cultura e a educação foram citadas como itens fundamentais para uma melhor formação da consciência negra brasileira.

Ops!!!
Notícia furtada do Portal Rap Nacional

Doença crônica

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Doença crônica

Crônica é um doente
Sequelado pelos sonhos.
Vive no mundo da gente,
Tentando encontrar o teu.
É um devorador de poesias,
Que enche tanto a cara,
Só para vomitar o dia seguinte.

por Crônica Mendes

Poema do ódio


Poema do ódio

"Não me odeio por não ser o que você quer."

Crônica Mendes

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

No apagar das luzes


No apagar das luzes

Enquanto o mundo dormia eu vivia.
Um dia de cada vez
De cada vez
Um dia!

por Crônica Mendes

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A GANG - Não Deixa a Mínima (vídeo promocional)


O vídeo promocional traz imagens do processo de gravação da música de estréia do projeto. Filmagem e edição de Nina Fideles.

A música foi produzida por Edi Rock e gravada no estúdio Duck Jam. A letra ficou por conta de Crônica Mendes, Demis Preto Realista, Ndee Naldinho, Edi Rock, Sandrão e Lakers.

A GANG -- Tá nas Ruas!!!

Contato: Nina Fideles
11 9613-6699 / 89*17201
ninafideles@gmail.com

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Crônica Mendes fala sobre o Rap no Brasil para os Haitianos

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O rapper Crônica Mendes, A Família, realizou uma bate papo com militantes de várias organizações sociais do Haiti, sobre o Hip Hop no Brasil. A atividade aconteceu na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), do MST, e fazia parte do curso de língua portuguesa que os prepara para o início de uma série de atividades que os haitianos irão participar em diversos estados do Brasil para conhecer as experiências agroecológicas.

O rapper falou sobre os trabalhos que o grupo A Família já desenvolveu em comunidades do interior paulista, nas escolas, centros culturais e a relação com os movimentos sociais. Além disso, fez um breve histórico do rap no Brasil.

Ao final, Crônica e os haitianos celebraram com muito rap de ambas as nacionalidades e eles aproveitaram para entoar uma forte música de luta do seu país.

“O rap brasileiro tem muito a ensinar e muito o que aprender com o rap Haitiano. A preocupação que eles tem com a musicalidade e conteúdo das músicas é algo fundamental para se fazer um bom trabalho”, afirma o rapper.

“Somos irmãos, nunca se esqueçam disso”. Crônica Mendes.

Clique na foto e confira outras mais
.

Duck Jam apresenta e convidados

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Xanéu nº 5. Rascunhos Crônica Mendes


Xanéu nº 5
Rascunhos Crônica Mendes

A Tv falou que estou louco e não me liguei
Na programação diária, Vem meu bem.
Disse que cultura e informação são pra quem pode,
e não pra favelado, marginalizado, pobre.

Desculpa se eu não sou do seu perfil, senhora.
Desculpa, seu controle remoto não me controla.
O poder da palavra livre, liberdade nossa
Não está nas ondas do rádio que você manobra.

Não posso ficar zumbisando na frente dela
A tela colorida atraindo a platéia.
Venha vê, venha vê
A nova mentira que nasceu na Tv.

Mas não dá, mas não dá, ficar parado ali
Aceitando ser alienado sem reagir.
Minha postura, minha palavra, minha dignidade
Cabeça erguida sempre, sempre pela verdade.

Inspirada na música Xanéu nº 5 (O Teatro Mágico) por Fernado Anitelli

Sou Fela - mp3


Clique na imagem e baixe o poema

Oficina de Teatro Multirão

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Bom Dilma Brasil


Amanheceu,
A revolução,
já não é mais um sonho,
A união
.
Pelas ruas, Favelas, Periferias, transeuntes, poesias, pessoas...
Um novo dia nasceu.
Uma palavra, um estender de mão,
Uma luta.

O carater venceu a mentira.

Então sorria
Brasil.
Amanheceu um novo dia.
Um Bom Dia...
Um BOM DILMA
!