sábado, 28 de janeiro de 2012

Delírios de Daniel


Delírios de Daniel

Vivo morrendo e matando pelas madrugadas feito um louco,
não tenho medo, pois o medo não me foi útil.
O que sobrou de mim, cai toda vez que choro.
E quando olho pro céu, ta escuro.
Nas ruas minha vida é nojenta que me acabo sem notar.
No lugar das belas palavras, dei razão para a depressão se instalar.
Busquei, busquei, e nada nem você estava lá.
Agora é tarde,
já amanheceu.
O que começou como um caso de amor...
Perdeu.

Me perdi entre tragos, goles, delírios,
Visões de um martírio.
"Se o julgamento fosse hoje, prevejo o veridito"
Onde fostes depois que me apaixonei pela pouca coisa que você é.
Ó lua que não me deixa ir embora,
desagradável imposição, me faltam palavras para descrever o quão é
a minha solidão.
Eu aqui na terra, você ai no céu.
Se ao menos eu tivesse asas,
Viveríamos, desventuras de Daniel.
Teu Gabriel, João, teu alguém.
Assim como um dia pude lhe dizer, meu bem.
Agora é tarde, mas logo a noite vem.

Crônica Mendes