quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Poema do submundo

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Poema do submundo

Minhas ruas são longas
ainda de terra.
Dias sofrendo com a chuva
Noutros lamentando a ausência dela.

As curvas ou esquinas são de ninguém
cada dia que passa, gente nova por aqui tem.

Os fios de alta tensão,
só aumenta a tensão
Não traz força, nem energia por aqui não.

O gato é comum
não importa a cor
Está em toda parte
Leva luz, leva água, leva solidariedade.

Os pés correndo por aqui,
ora descalços, chinelos, ora de botas pretas
Até o barulho das botas é diferente
Traz medo, leva gente.

Minhas ruas são longas,
mas tem trechos que mas parecem trilhas
Nem sempre a luz brilha
Principalmente quando alguém grita
Dia seguinte, a notícia, a tristeza
a vítima.

Era da mesma classe que eu,
Escola fechada, livro fechado
Mente aberta pensando no que aconteceu...
Mas um dia comum?
O que sobrou de nós para nós mesmo?
Podia ser um sonho, mas é de verdade o pesadelo.

Crônica Mendes

Um comentário:

Ilderlan Silva disse...

Esse é o Pensador Cronica Mendes!
Dahora parça!!!