domingo, 5 de agosto de 2012

Me matei sem saber


Me matei sem saber

Ninguém sabe quando a poesia vem
Ninguém sabe de onde ela vem.
Estava na rua, dormindo na calçada
Estava debaixo da ponte embriagada
de desgosto o gosto na boca amargava
Ninguém sabe de onde vem
As ruas estão repletas de gente
e de poesia
Mas quem é quem?
par ou ímpar.
Virou a esquina numa veracidade incrível
Caiu em seguida
estava sendo perseguida.
Machucou-me a boca, ferida
Leve, levou dias pra sair daqui.
Levou-me um beijo e me deixou sem saber pra onde ir

Ninguém sabe de onde pode vir a próxima poesia
a próxima vitima
a virar a próxima esquina.
Não se sabe de onde ela se origina
Pode ser africana, pode ser argentina
Um bolero, um batuque
Um samba, uma valsa
Ninguém sabe o peso dela
Nem se ela é amada.
Acreditasse que vem do peito, do coração
Mas minha mente, avante e abrangente
Acredita que ela vem mesmo é de toda lugar
De toda gente
De toda hora, prosa, música
Ela constrói sonhos e narra lutas.
é vida, mas está sendo morta
e de quem é a culpa?
Me matei sem saber,
sem saber quem era ela
e quanto de vida que ainda me resta, restava.
Ela se foi e nem sei por onde
Mas se foi
Ninguém sabe de onde vem a poesia
ninguém sabe de onde vem
Olhe pro céu mas não chore nem diga amem,
Ainda não é o fim do dias
E a poesia vai mais além...

Continua.

Crônica Mendes

3 comentários:

Rondnelly disse...

MAIS UMA DA HORA...PARABENS!!!

Rondnelly disse...

MAIS UMA DA HORA...PARABENS!!!

Unknown disse...

"Ninguém sabe o peso dela
Nem se ela é amada.
Acreditasse que vem do peito, do coração..."

#ContinueEscrevendoPOESIA

... A POESIA, A POESIA, A POESIA!