sexta-feira, 2 de abril de 2010

Geminiano


Geminiano

Meu medo, minha polêmica,
Minha ânsia, minha azia, meu quase foi, mas ainda posso voltar...
Minha agonia, minha vontade de que, com que, e com quem.
Meu sonho, meu querer.
Minha falta de estar lá, minha ausência em estar aqui.
Minha perca, e tudo que eu poderia ter dito antes.
E tudo que eu não pude escolher
E tudo que escolheram por mim...
Meu erro,
Minha crença,
Meu espírito,
Minha alma....
Por mim, quantos são e de que vale tudo isso.
Se um dia tive preço hoje tenho meu valor...
Ninguém nasce sabendo de tudo e eu nasci quase “que” sem saber de nada,
Quem eu era, quem sou.
Quem vou ser daqui a pouco.
Quem sou eu, ou que EU você criou em sua mente.
No que tentaram me transformar...
Minha revolta, meu desgosto,
Meu ódio vazio e de graça.
Meu amor valioso, quase sempre à frente sofrendo em primeiro lugar,
Antes mesmo de me saciar.
Minha escrita torta sem ameaça alguma.
Minha fala entornada, minha interpretação agressiva.
Minha Paz egoísta que eu não quero.
Minha construção de obstáculos.
Minha constelação de gêmeos.
Meu mar de virgem.
Minha sombra de escorpião.
Minha música coletiva se encontrando com figuras que nunca vi a face,
E vice e versa.
Minha identidade perdida sem direito a segunda viva, pois não pude comparecer no poupa tempo, meu tempo não pode ser poupado... Me deixa viver da forma que me convém.
Vamos nos permitir!
Sei lá, não programe, desligue sua tela antiga ou plana e venha pra rua viver os momentos que estão ai pra serem vividos,
Não afogue em goles, não se esconda em tragos...
Minha rua, minha Lua,
E a Lua é minha.
Tudo meu, e nem mesmo sou dono de mim,
Minha vida não me pertence,
Há tempos.

...continua!

por Crônica Mendes

Um comentário:

DANILO. disse...

Bem responsa essa poesia irmao, parabens. é noiz.