segunda-feira, 31 de maio de 2010

Fábrica


Fábrica


É tão fácil escrever sobre mim,

difícil é escrever você.
As palavras parecem fugir como formigas da chuva.

Os verbos não te julgam, nem se conjugam em teu tempo.

Cada momento passa livre pela caneta,

Mas não chega a tocar o papel.

É tudo uma lembrança que não dá para descrever.

Historinhas, contos de quando éramos crianças,

Pensar é permitido, lembrar machuca.
E assim segue as linhas em branco esperando um leve toque,

As mãos desenham todo movimento,

Mas é como rabiscar o céu.

Tudo vem da imaginação.

Por algum instante algo que faz rir, ameaçar o rabisco,

Mas num suspiro aliviado, passa.
É como querer ter de volta os 12 anos

Como tentar reinventar o mundo perdido entre os sonhos.

O silêncio se instala,

É hora de dormir.

por Crônica Mendes

2 comentários:

dulixo disse...

Salve parceiro...que nunca lhe faltem as palavras...elas nos alimentam e inspiram....tamo junto...hoje e sempre...paz e luz...abraços!!

Tubarão

Ana Carolina disse...

Lindo post!
Tem gente que passa pela nossa vida e se torna indescritível, né? Faz parte da vida...