terça-feira, 13 de julho de 2010

Canções, cárceres e testemunhos


Canções, cárceres e testemunhos


Abra e leia, mas vá até o final e depois socialize o conteúdo, você vai encontrar...
Nas paginas, relatos de três grandes pensadores, escritores... revolucionários. Julius Fucik, Henri Alleg e Victor Serge.
Trata-se de testemunhos da repressão política, em tempos de “SS” o exército vermelho. A Gestapo, e da perseguição a formadores de opinião, na luta pela causa dos trabalhadores.

Em cada testemunho, a dor, a saudade, a visão da vida atual (da época), o pensamento firme de qual futuro almejado por aqueles que sobreviverem a esse período, a visão poética de cada um, ali no corredor da morte, isolados até mesmo da luz do sol, trancafiados no vazio, arrancados de seus lares e do seio de suas famílias de forma bruta. Mas nos relatos a palavras, pensamentos de quem sabe que sua morte não é em vão e que o que esta a lhe acontecer naquele momento, é o mais puro golpe do destino, e não deve ser encarado em momento algum, como um fracasso ou traição dos companheiros de luta.

No cárcere, brotam pensamentos que matem a luta lá fora ainda de pé. Diante do sentimento de revolta, o que matem firme os corpos que ali foram descartados, é a postura e a dignidade de quem sabe que a luta não é impar. Entoando canções de adeus e de resistência.

“’Quando alguém nos dizer adeus pela ultima vez, pela ultima vez...”

Se cantei durante toda a minha vida, não sei por que deixaria de canto agora, precisamente no final, quando a vida é mais intensa... Não vida sem canto e não a vida sem sol. Por isso precisamos duplamente cantar, já que o sol não chega até aqui.

Pensamentos livres em corpos aprisionados.

“Toda vez que um justo grita, um carrasco vem calar.”
Não ausência da liberdade, dão asas aos pensamentos, e este vão fortalecer quem de fora pensa em desistir. Mesmo com os mal tratos, as torturas, os gritos de dor que percorrem os corredores, os barulhos das botas do soldados vermelhos (SS) no vai e vem, castigando nosso irmãos, o grito que ecoa de dentro do peito, há um dia de ser ouvido por toda sociedade.

“O inimigo, embora poderoso e cruel, não sabe senão destruir.”
Não tem dignidade o que não tem respeito a vida, sim pois a vida não é só a tua, ninguém está sozinho neste mundo, para querer tudo pra si. O inimigo é astuto, joga de cara mansa, engana e quando demonstra sua verdadeira face, já está com o domínio, mas este, não tem domínio sobre aqueles que não se curvam diante da dor do corpo cedendo a tentação de trair a si mesmo. A habilidade do inimigo é contesta a base da força bruta, é usar a fraqueza que a em mim e em você para que a auto entrega e destruição parta de dentro do nosso interior. Uma vez derrotado por si, é fácil ser pelo inimigo também.

“Podem tirar-nos a vida, é verdade. Mas nunca a nossa honra e o nosso amor.”

Palavras que fortaleceram pessoas em tempos de repressão política, perseguição, assassinato e omissão de vitimas. Palavras que se tornaram alicerce na luta da causa dos trabalhadores.
A existência destes testemunhos é a prova de que os homens que têm ciência da necessidade da transformação fazem-se livres ao conquistarem a certeza de sua possibilidade.

A missão de um revolucionário, é incentiva a ira na consciência das outras pessoas. Sim é difícil, mas nos conquistar e nos levar a derrota, é ainda mais. Sejamos todos firmes.
“O homem ainda pode lutar, resistir aos carrascos e vencê-los.”

“A Luta e as contínuas separações, fazem de nós, eternos amantes.”

um breve resumo (A Hora Obscura)
por Crônica Mendes

Um comentário:

Geysa disse...

Cronica Parabéns, vc é Iluminado!!! Salve seus Pesnsamentos!!!