segunda-feira, 5 de julho de 2010

Leia-me


Leia-me

Um amigo certa vez me disse
Quando a gente nasce,
Nasce também um livro.
Em cada pagina, um dia.

Logo de cara
A capa é dura
Nada em branco,
Alguns trechos já estavam lá
Antes mesmo de você
E eu.

A cor da escrita não é a mesma
Que a dos teus olhos.
Mas as lágrimas que o molham
São as tintas que o descrevem.
Em cada parágrafo

Uma forma de se expressar
E cada expressão errada,
Nada de borracha
O dia longo
E a vida é elástica.

Teus subtítulos são os que vêm e vão pra você
Seja algo ou alguém
As observações,
Observa-se que são nada demais.

Não tem segredo
Nada está sublinhado,
Nem encostado.
Como a vida é longa
A história às vezes cansa
E se aposenta.

Mas a escrita continua,
Narrando o “depois disso”
Se tiver algum problema com isso
Vire a pagina.

Não se perturbe, nem pontue tudo que tem de fazer
Deixa a vida escrita fluir.
Leia o dia a dia e compartilha isso,
socialize

Comunique-se...
Não fiquei esquecido
no canto da vida
no canto da estante.

Procure-se
Se encontre
Leia-se

por Crônica Mendes

Um comentário:

Felipe Vieira Borges disse...

Parabéns Crônica!
Já acompanho o trabalho do grupo "A Família" desde o "Cantando com a Alma". Gosto muito do que falam, escrevem, cantam e contam.
Fico feliz por ter te descoberto também na internet, sou um novo leitor do teu Blog e do teu Twitter. Admiro muito o teu trabalho!

Abraços, Muito amor!