quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A noite que fugi de casa


A noite que fugi de casa

Quando o dia amanheceu,
Eu estava na Lua.
Distante de tudo.
Da rua,
Da TV,
Do rádio,
Do ódio,
Do ócio;
Até mesmo de você.
De TUDO.
Era domingo.
O silêncio não me alcançava
me deixava inquieto,
Nervos a flor da pele,
me deixava nervoso.
Será que ninguém vem me visitar?
Talvez ao anoitecer,
ou talvez nem olhem pra cá.
Depois...
Quando o dia amanheceu,
Eu estava na Lua,
sem saber pra onde vir.
Sentindo o luar adentrando os poros,
mas o medo era ainda o maior sentimento
presente.

por Crônica Mendes

4 comentários:

tallyta53 disse...

Quando eu li eu lembrei do meu primo, ele tem menos de 10 anos e fugiu de casa , mas a unica diferença é que ele fugui num sabádo .. é foi sabado agora ... desde sabado ele num apareceu :( ... interecantee teu poema muiitoo bomm

Néia Oliveira disse...

Quem de nós não fugiu pelo menos uma vez? mesmo que só no imaginário. Mas, o mais importante é poder voltar...aliás é ter para onde voltar.

Gostei muito...

Anônimo disse...

Quem nunca fugio de casa? Rs.
Muiito loca a poesia irmão !

@_bielalmeida

André Luis de Vasconcelos disse...

Satisfação Guerreiro Mais uma Bela Poesia.

A Casa
Moro onde não Mora Ninguem

Menino crescido em um turbilhão de desavenças.
Morando com o pai mãe e irmã;
Gritos, brigas discussões.
Para acordar e ir à escola menino leva tapa pela manhã.

E o dia começou aterrorizante.
Pega os livro, mas antes de sair o Rap no alto-falante.
Pede a deus pra tudo isso mudar rapidamente com a força da mente.
Os anos passam muita coisa permanece presente.

E o lugar onde mora já não é o seu lugar.
Tristeza, brigas falta de privacidade lhe fez chorar.
As lagrimas não era vistas porem sua alma sempre a machucar.
Pedindo a deus pro tempo passar, e o sofrer cessar.

Logo cedo pela literatura se apaixonou.
Leu muitos livros e escrevia poesias da vida.
Foi na literatura que se refugiou da vida bandida.

Certo dia descobriu que a casa onde nasceu.
Não era sua casa, não era sua vida nada ali era seu.
Sua missão desde cedo sai fisicamente desse apogeu.

Passa-se o tempo, mas agora ele crescido está.
O dia dessa mudança chegou e não é casual.
Daqui pra frente o que será, será, então vamos até o final.

Saiu da casa de onde nasceu apenas nasceu, não tinha paz.
Nada foi meu, ficou pra trás o tempo passa, pra mim tanto faz.
Despedi-se sem olhar para o que passou, mas a alma arranhou

Bem mais instruído pela literatura, informação que foi sua base.
Escreve muito, lê muito mais e depois da mudança.
Felicidade chegou o que tem ali era seu, foi com suor que ele mudou.

Lição da vida de um menino que foi obrigado a crescer rápido.
Pela circunstancias dos diversos momentos agora está apto.
Mas sabe que das lutas vem vitorias e isso foi o seu relato.

Para finalizar sua vida bandida e entender do que se trata.
Pergunto-lhe o que representa sua antiga casa.
Ele responde:
Nada, nada, nada.

Antes de sair daquela casa.
Ele havia desistido de viver nela.
Ele já havia saído há muito tempo dela

Não se sai de uma casa, onde nunca se viveu.