segunda-feira, 25 de junho de 2012

Se o dia de hoje


Se o dia de hoje fosse como antigamente (isso é impossível), talvez tivéssemos chance de lutar por um amanhã menos doloroso para nós e para nossos filhos.

Quando criança
Todo menino quer ser jogado de futebol.
Imagina o mundo redondo como a bola que rola no campo de terra seca.
mesmo de baixo de toda chuva possível.
Já adolescente, a bola que rola pode ser outra,
Que não rola, se passa.
E a chuva que antes era de brincar, hoje alaga e faz chorar
Quando criança a discussão passa rápido,
Não tem rancor.
Já adolescente dura um pouco mais,
Descobrindo ai o que é a vingança.
O medo de criança é bobo,
De adulto agora é covardia
Desejo é pecado
Antes era inocência.
Opinião era uma brincadeira de ‘adivinha o que pode ser’,
Agora é decisiva.
Policia e ladrão, corria pelas ruas,
E depois estavam brincando de bolinha de gude juntos.
Hoje, policia são ‘os coisas’ lá.
Os demais é nóis aqui.
Quando criança, verão tinha sol, inferno fazia frio
Outono as flores caiam e na primavera tudo ficava lindo com as cores
Da ressurreição das flores.
Hoje?
Tudo está fora de controle. Menos a tv.
Crianças, como é bom ser criança.
E hoje,
Adultos... Estamos todos adulterados,
Fora do tempo ou no tempo errado.
Desafinados, desafiados, desafiando, desalmado, mal amados.
Sem nome sem rumo. Entregue ao amanhã como
Adubo de um futuro que será das crianças
Se sobrar algo.

Crônica Mendes

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