segunda-feira, 20 de maio de 2013

A Estrada


A Estrada

O medo nasce de sonhos adormecidos,
E quando os sonhos acordam
Dão medo.
Medo do que está por vir, ou do que um dia foi.
O dia,
Um dia nunca basta, sempre tem outro por vir.
O outro,
Outro que nem sempre lhe fará bem,
O bem,
Mas também quem nunca se sentiu mal com alguém.
Alguém que te fez ser o que não queria,
Ou dizer o que não queria.
E o que você quis,
E agora o que você me diz?
Quem liga pra isso.
O mal,
Talvez um estado de espírito,
Ou um descontrole interno.
Internamente, quem não mente pra si,
Talvez não minta pra mente alguma.
E quando está longe, numa viagem interna,
Um som qualquer pode te trazer de volta a cena
Em cena,
encenando sem ensaio durante a semana, aquela mesma cena.
repentina, corriqueira...
Insatisfeita, melancólica.
A cena que não dá dinheiro vivo a ninguém.
Cena triste, cena mal escrita, inaceitável,
Por quem é da família
Família,
Um encontro de amigos em gerações distintas e conflitantes.
Sempre tem um “não é mais como antigamente”
E antigamente não era mesmo assim.
O medo de não ser atual,
Atualmente atua em tua mente.
E os opostos seguem se distraindo e destruindo, traindo, caindo
Vindo.
E o dispostos segue atraindo, se contraindo, divertindo...
Se permitindo,
Indo...
Eu sigo.

por Crônica Mendes
(inspirado pelo texto Solidão de autoria Sérgio Vaz)

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