quinta-feira, 1 de agosto de 2013

O emaranhado



O emaranhado

Não saber quem é você
é o mesmo que perguntar quem sou.
A cada palavra solta
as palavras se enroscam formando um emaranhado só.
E como só é de dá dó,
Penso!
Para que então soltar o ar a toa
se podemos voar com os pés no chão.
Feche o olhos e imagine,
vá além do que se possa ver.
Lá no fundo, onde a dor é a causa do prazer maior.
Sim, ele machuca.
O amor machuca.
Como não saber quem sou
sem entender o que você quer?
É o mesmo que ir longe sem querer chegar a lugar algum.
O nada, é o vazio que cada um pode vir a carregar no coração.
Se tudo isso pode ser verdade, também pode ser mera coincidência
ou não.

Crônica Mendes

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