quinta-feira, 25 de julho de 2013

O nome dela


O nome dela

Eu sou de um lugar chamando favela
Das ruas de terra, becos e vielas.
Gente sofrida que sabe o valor da vida.
Que mantém a esperança ainda viva.

Soldados são vários, guerrilheiros,
Poetas rebeldes, rappers fuzileiros.
Braço fiel pelas ruas a família.
Sintonizando os rádios em todas as esquinas.

Cada mente um vitima toma,
O mundo é arena, é guerra, é lona.
No passo a passo descalço ou de Pony,
Literatura com a música é meu bonde.

Que vem de lá do fundão do coração,
onde cada palavra tem seu peso na decisão.
Quem é, é. Sabe de cor.
Rap nacional sem medo sem dó.

Refrão - Querem saber, vou dizer o nome dela,
Sou favela, sou favela.


Canto com respeito por você,
favela tão amada que tanto me fez crescer.
Quem planta inteligência vai colher no amanhã,
o amor que deu a vitória pro Vietnã.

Favela não ser arrogante e sem cultura.
Favela é saber viver e ter postura.
É nós, então seja nós mesmos.
É tudo nosso, mas os nossos estão morrendo.

Meu rap não ficou acuado, escondido.
Saiu do meu caderno e conquistou pais e filhos.
Tem tempo, tem nota, tem métrica.
Sentimentos, glória, técnica.

Um salve, salve. Prontos pro combate.
Desistir não é pra nós de verdade.
O sonho nosso de cada dia,
apresento a vocês minha família.

Crônica Mendes
Letra da primeira música que anunciou o nascimento do meu primeiro disco, e para firmar tive o prazer de grava-la com a querida Kelly (Versão Popular) uma das mais belas vozes da nossa música. Quer ouvir

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