Quando descobriu um dos maiores prazeres da vida,
algum tempo depois descobriu duas das maiores dores.
Não resistiu, sozinha se foi numa tarde de Outono,
como folha arrancada ainda jovem da árvore.
O
vento, tal como alguém que lhe segurava pela mão e puxava, puxou até
não resistir mais. Caiu mas foi pra cima. Antes que a última lágrima
tomasse sua face, os olhos se fecharam, os lábios secaram, os
pensamentos se perderam no "porque agora?" O tempo deixou de ser
importante, o ar deixou de ter o gosto da vida.
O dia terminou e não amanheceu novamente...
Alice Maria foi um dia o seu nome.
Crônica Mendes
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