terça-feira, 17 de novembro de 2009

O Alter e o Ego


O Alter e o Ego

Eu não podia adivinha que seria dessa forma,
Que meus punhos seriam minha arma contra o que antes era meu braço direito.
Não estava em meus planos planejar essa fuga em desvantagem.
Não, não era isso que eu queria.
Eu pensei que meus pensamentos pudessem me levar ao céu sem antes pisar o chão vermelho ensangüentado pelas botas pretas.
Ela disse não, e eu nem sei o que eu disse.
Eu estava calmo, e meu acalanto era como um soneto de chuva fria numa tarde de segunda feira morta.
Minha testa suava, meu pescoço sem gravata se asfixiava...
Meu coração quase que expulso do peito, explodia a cada segundo de ansiedade e desespero,
Mas tudo bem, no final o que posso dizer é apenas o que deveria ter dito antes.
Ela perdeu o controle e eu avisei de longe.
Droga, não há droga que conforta.
Me sufoca, me deixa atrás da porta.
Diga o que você pensa de mim, mas diga pra mim antes de ir.
Não minta comigo nem faça isso por mim... você é seu maior erro.
Eu não sabia que tinha isso comigo.
Nem sabia que você me odiava tanto, tanto quanto disse.
Então eu choro, pois é, eu choro.
Não se assuste você já chorou também.
Minhas mãos não estão estendidas,
Estão feridas, cansadas, mas ainda...
Prossiga.
Meus olhos não olham o que fazem com meu coração,
Mas sinto que não me olham como antes,
Têm medo do que sinto e do que falo.
Mas precisam do que penso, pra manter as aparências estupidamente errônias.
Mas as aparências engano, mas eu não.
Eu vivo, e digo isso sempre que respiro.
Ta tudo indo aonde?
Quem esta lá esperando o que?
Por que esquecer disso e fingir.
Odeio sua pose de bom samaritano,
Não uso seu sapato, meu social não é pedra sobre pedra.
Meus tijolos estão “assentados” com sustento em terra viva.
Eu gosto de você,
mas não sou seu.
Guarde segredos e os segredos serão teus.
Eu já estou em outra estação, baby...
Me deixa,
Não tenho nada pra alimentar você.
Me deixa,
Mas não morra.

por Crônica Mendes

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