quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

A poesia é pouco


A Poesia é pouco

A poesia é pouco.
A poesia é pouco..
A poesia é pouco...
Pouco provável que seja pouca,
ou pouca vergonha dita em poucas palavras.
A poesia é pouco.
A poesia é pouco..
A poesia é pouco...
Pouco provável que seja pouca,
por que o bastante é latejante e amargo no final
Onde mora a poesia,
é onde morre a arrogância.
A poesia é pouco.
A poesia é pouco..
A poesia é pouco...
Pouco provável que seja pouca,
não tola, nem tolerante,
abrangente.
Em cada palavra, uma pá de verbos
servido à adjetivos por sujeitos comuns.
Dispensa frescura e nas escuras,
traduz figuras, estranhas entre linhas destrinçadas.
A poesia é pouco.
A poesia é pouco..
A poesia é pouco...
Pouco provável que seja pouca,
tampouco que seja tola.
Numa vida sem sentido, sentindo muito o vazio
disso.
Numa vida mórbida, transforma,
A poesia transforma a ponto de transbordar a mutação,
multidão de pessoas, de palavras.
O vomito literário, o desabafo, o despeso de tudo que aperta o peito,
ou de tudo que preenche o peito.
Isso é poesia,
poesia pouco,
pouco provavél que seja pouca.
Sinta o gosto,
prove.

por Crônica Mendes

2 comentários:

Jéssica Balbino disse...

Oieee
poesia boa demais e longe de ser pouco !
olha no meu blog que tem a divulgação de um concurso de poesia. Por que vc não participa com ela?
bjo

André Ebner disse...

Ha crônica, ótima, ainda mais prá declamar! Parabéns rapaz!